Mais de duas mil pessoas são afetadas pela cheia do Rio Uruguai na Fronteira Oeste
- 22/10/2023
Houve aumento de mais de mil moradores desde a última sexta-feira, quando o balanço da Defesa Civil da região indicava 878 pessoas fora de casa
Os municípios de São Borja, Itaqui e Uruguaiana, na Fronteira Oeste, somam pelo menos 2.187 pessoas fora de casa devido à inundação do Rio Uruguai, neste domingo (22). O número refere-se ao total de pessoas desabrigadas e desalojadas nos três municípios. Houve aumento de mais de mil moradores desde a última sexta-feira, quando o balanço da Defesa Civil da região indicava 878 residentes impactados.
Neste domingo são 659 pessoas afetadas em São Borja, 689 em Itaqui e 839 em Uruguaiana, conforme o coordenador do órgão, capitão Luis Sandro de Souza Martins.
Em São Borja, o nível do Rio Uruguai está em 14m25cm, mais de 2m acima da cota de inundação. No entanto, conforme Martins, no município o rio já estabilizou e começou a entrar em declínio. Já em Itaqui e Uruguaiana ainda há tendência de elevação.
— Em Itaqui deve permanecer com elevação pelo menos por mais um dia e Uruguaiana mais dois ou três dias. Isso porque tem a velocidade da água, do curso do rio, que é lento até chegar nestas regiões — explica.
Em Itaqui, o nível neste domingo é de 11m68cm, mais de 3m acima da cota de inundação. Em Uruguaiana, a medição indica 10m70cm, mais de 2m acima da cota de inundação. Segundo Martins, a elevação rápida ocorre pela chuva registrada em outras regiões.
— O aumento da bacia do baixo Uruguai ocorre em decorrência das chuvas no início da semana na nascente do Rio Uruguai em Santa Catarina que cresceram demais no final de semana anterior e durante a última semana, bem como a região Noroeste do Estado, onde choveu muito. Na região do Alto Uruguai já há declínio bem considerável — destaca.
A Defesa Civil segue atuando com remoções de famílias e recomenda à população que vive em áreas atingidas pelas inundações que entre em contato com o órgão com antecedência para que as remoções ocorrem em segurança. Da mesma forma, é feito o monitoramento das condições meteorológicas em Santa Catarina e no Noroeste, pois se houver acumulados expressivos na bacia do Uruguai, a situação pode permanecer neste patamar na Fronteira Oeste.
Reportagem: MARIA REGINA EICHENBERG (GZH)
Foto: fotos: Ascom/PMU (página: uruguaiana24horas)
